O século 21, marcado pela globalização e automação, tem sido impactado por grandes e constantes mudanças. A sociedade, o mercado e até mesmo as formas de comunicação estão se modificando. Diante desse mundo moderno, novos desafios surgem para todos os indivíduos, especialmente para aqueles que serão protagonistas do nosso futuro: os jovens estudantes de hoje.
Com o avanço das tecnologias e o surgimento de novas profissões, a questão humana se faz presente. As pessoas são complexas e, para um desenvolvimento pessoal e profissional mais consistente, torna-se necessário incorporar estratégias e métodos de aprendizagem mais flexíveis e amplos. A saída para a educação mais assertiva está no desenvolvimento das competências socioemocionais.
Inteligência individual e coletiva
E o que são essas competências socioemocionais? De acordo com Oliver John, pesquisador da Universidade da Califórnia, em Berkeley, elas podem ser divididas em cinco dimensões da personalidade humana:
Abertura ao novo (que se desdobra em curiosidade para aprender, imaginação criativa e interesse artístico);
Consciência ou autogestão (determinação, organização, foco, persistência e responsabilidade);
Extroversão ou engajamento com os outros (iniciativa social, assertividade e entusiasmo);
Amabilidade (empatia, respeito e confiança) e;
Estabilidade ou Resiliência emocional (tolerância ao estresse, autoconfiança e tolerância à frustração).
A partir do desenvolvimento dessas inteligências, os estudantes ganham maior confiança no processo de aprender, bem como discernimento: o que gostam de estudar, o que desestimula, o que provoca o erro e quais emoções dominam quando fracassam ou são provocados. No âmbito escolar, é positivo também para o aumento do rendimento nos estudos e a diminuição de problemas de comportamento.
Os ganhos são significativos nas expressões de características importantes para a vida de modo geral, como comunicação, criatividade, autoconhecimento, autocontrole, curiosidade, empatia e, principalmente, as habilidades de relacionamento interpessoal. Ganha o aluno, que tem somada à formação técnica e cognitiva essas habilidades emocionais, ganha a escola e os pais desses estudantes, ganha a sociedade.